segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Un Nobel Extraviado

Artigo escrito por Luís Romano.

Si algo faltaba para terminar de desprestigiar al Premio Nobel de la Paz, otorgado por el Parlamento Noruego, fue la decisión de premiar a la Unión Europea. Esta distinción fue instituida en el testamento del magnate sueco Alfred Nobel para premiar “a la persona que haya trabajado más o mejor en favor de la fraternidad entre las naciones, la abolición o reducción de los ejércitos existentes y la celebración y promoción de procesos de paz”. Ya en el pasado hubo premiaciones que provocaron escándalo: un criminal de guerra como Henry Kissinger lo obtuvo en 1973, opacando el lauro que obtuvieran Martin Luther King, Desmond Tutu, Nelson Mandela, Rigoberta Menchú y nuestro Adolfo Pérez Esquivel en 1980. Antes, en 1936, otro argentino, Carlos Saavedra Lamas, había sido distinguido por su papel mediador en la fratricida guerra del Chaco entre Bolivia y Paraguay. Ya con la entrega del Nobel de la Paz a Barack Obama (2009) se podía percibir que el Parlamento Noruego estaba más preocupado por amigar a su país con los Estados Unidos que por premiar a quien realmente estuviera luchando por la paz. Ahora hizo lo mismo con la Unión Europea, a la cual en dos sucesivos referendos la población noruega rechazó ingresar. ¿Cómo premiar a una organización que, en estos momentos, ha declarado la guerra a sus pueblos imponiendo una brutal política de ajuste que sacrifica a sus poblaciones para salvar a los banqueros? ¿Cómo olvidar que la Unión Europea ha convalidado y apoyado el criminal bloqueo de Estados Unidos contra Cuba, sancionando en 1996 una “Posición Común” concebida para aislar y poner de rodillas a la Revolución Cubana? ¿Y qué decir del acompañamiento que la UE viene haciendo de las aventuras militares del imperialismo norteamericano en Irak, Afganistán, Libia y, ahora, Siria; o su escandaloso silencio ante el genocidio de Rwanda; o su complicidad con el colonialismo del Estado de Israel y su criminal política hacia la nación palestina; o su indiferencia ante la suerte de los saharauíes; o su abúlica respuesta ante la destrucción y la muerte sembrada por Estados Unidos en la guerra de los Balcanes? Como bien lo recuerda Pérez Esquivel, este premio parece destinado a encubrir y/o justificar las operaciones militares que la Unión Europea, a través de la OTAN, lleva a cabo en los más apartados rincones del planeta. Los parlamentarios noruegos necesitan, con suma urgencia, que alguien les enseñe la diferencia entre la guerra y la paz. Y que se aprendan de memoria el testamento de Nobel, porque ¿desde cuándo la UE ha trabajado para abolir o reducir los ejércitos existentes o promover procesos de paz, atada como está al aparato bélico norteamericano?

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Um dia memorável?

Nesta eleição votei numa candidata a vereadora que melhor satisfez aos meus critérios de seleção. Veja quais foram:
  1. Não podia ser partidário(a) dos Brancos (família que governa há 16 anos Rio Grande, RS).
  2. Deveria ser graduado(a). A minha tinha até Mestrado em Educação Ambiental.
  3. Soubesse a que se candidatava. Impressionante como tinha material de aspirante ao legislativo com propostas de executivo. Construir, reformar, ampliar, capacitar, etc.
  4. Apresentasse uma ideia clara e direta da opinião da candidata sobre alguns pontos bacanas, bem como a trajetória de vida. Gestão de resíduos sólidos, valorização de produtos locais, mobilidade urbana, saúde e bem estar e energias alternativas eram os tópicos que constavam no material que conquistou meu voto. Alguns registros de suas participações em projetos como o Rondon e de Educação Ambiental nas escolas, somados a presença em congressos e no ato público em POA pela luta do Piso Nacional do Magistério corroboraram sua militância.
Infelizmente, minha candidata não foi eleita. Barbara Milene Machado, pelo partido verde (PV), obteve 51 votos, quase 5 vezes menos que o mais votado do PV (248). Aliás, este partido nunca ocupou uma cadeira na Câmara Municipal riograndina. Também, pudera, havia um político que afugentava a população. Por sorte, o senhor Filó esteve ausente nestas eleições.
Não estou decepcionado pela não eleição de minha candidata, pois a convicção que tenho da valorização do meu voto, de que votei limpo e pela minha cidade me fazem em paz com minha consciência.
Caberá a minha candidata não desistir e avaliar sua candidatura, que acredito ser debutante. O maior erro de minha candidata foi não ter cuidado com sua imagem junto ao seu eleitor. Eu passei duas semanas procurando a Barbara, que hora era Barbara Milene, ora era Barbara Machado, mas ela sequer tinha um blog, um twitter... nem um perfil no facebook me consolava. O PV de Rio Grande também. "E isso é absurdo", diria meu xará Russo, Dado e Bonfá. Um partido que tem a bandeira que tem, na década de 10 do século XXI, não ter um sítio eletrônico é absurdo! Fica a experiência para esta bacharela e licenciada em História pela FURG, que me agradaria muitíssimo sua persistência na sua carreira política, desde que permita-me curtir e compartilhar.
Mudando de assunto, mas dentro do tema, que fantástico a queda da dinastia Branco. Agora, uma dúvida me faz pertinente: o povo está a comemorar a eleição de Lindenmeyer ou a queda do Branco? De todo modo, está anotada a data, 07 de Outubro de 2012, dia em que meu deputado estadual (sim, ajudei a elege-lo) calou a família Branco.
Alexandre Lindenmeyer (PT) quebrou 16 anos de sequência do PMDB e da família Branco. Foto: Fábio Gomes
Aliás, Rio Grande fez bonito nas urnas, 84% do eleitorado compareceu, e dos presentes, menos de 6% votou branco e nulo. Para servir de comparação, o maior fórum eleitoral do país, São Paulo, teve 81% de comparecimento e impressionantes 897.791 votos brancos e nulos (13%). Isto significa 6 cidades com eleitorado do tamanho de Rio Grande rasgando seu voto. O exemplo extremo vem de Santa Catarina, em Criciúma, 75% votou nulo. Resultado: uma cidade com quase 140 mil eleitores elegeu um candidato com 21415 votos, 80% dos votos válidos. Protesto? Mensagem aos políticos? Será?

E você? O que achou?